Redes Sociais e Saúde Mental: Como Usar a Internet Sem se Perder Nela
Vivemos conectados. Acordamos com o despertador do celular, conferimos notificações antes mesmo de escovar os dentes, e só terminamos o dia depois de dar aquela espiada nas redes sociais pela milésima vez. Mas, em meio a curtidas, filtros, reels e trends, uma pergunta importante surge: como manter a saúde mental em dia sem precisar deletar todos os aplicativos e virar ermitão?
SAÚDE MENTAL
4/4/20253 min read


Calma, a ideia aqui não é demonizar a internet. Ela é maravilhosa, cheia de conteúdo inspirador, informação útil e memes que salvam o nosso humor no meio do caos. Mas, como tudo na vida, o problema está no excesso. Vamos usar as redes sociais com mais consciência, leveza e, quem diria, até com mais prazer. Spoiler: tem solução, sim!
O impacto das redes sociais na saúde mental
Antes de falar em soluções, precisamos entender o que realmente acontece quando o uso é desregulado.
A exposição constante a padrões irreais, comparativos sociais e a sensação de que "está todo mundo vivendo melhor que você" pode gerar:
Ansiedade
Baixa autoestima
Sensacão de insuficiência
Depressão (em casos mais graves)
Problemas de sono
Mas não é a rede em si que causa isso. O que pesa é como nos relacionamos com ela.
Redes sociais não são vilãs
O Instagram não vai bater na sua porta e dizer "vê mais uma vida perfeita aí só pra ficar triste". A culpa não é do app. Somos nós que precisamos ajustar as lentes com as quais enxergamos o que está na tela.
A boa notícia? Com pequenas mudanças de hábito, você pode transformar sua relação com a internet. Vamos às soluções!
1. Pratique o uso consciente
O primeiro passo é sair do modo piloto automático. Já notou quantas vezes você abre o Instagram sem nem pensar? Ou clica no TikTok e só percebe que passaram 40 minutos quando a bateria do celular avisa que está nas últimas?
Use de forma intencional:
Estabeleça horários específicos para acessar as redes.
Use temporizadores (vários celulares oferecem essa função).
Pergunte-se: "O que eu quero ver? O que estou buscando aqui?"
2. Cuide do seu feed como cuida da sua casa
Se você não deixaria uma pessoa te criticar o dia inteiro na sala da sua casa, por que manter esse tipo de influenciador no seu feed?
Dê unfollow em perfis que te causam comparação excessiva, culpa ou tristeza.
Siga pessoas que falam sobre temas que você ama, com realidade e bom senso.
Alimente seu feed com arte, humor, conhecimento e mensagens positivas.
3. Foque em conexões reais
Redes sociais não substituem o café com amigos, o abraço apertado da família ou a gargalhada ao vivo.
Combine de sair com amigos, mesmo que seja para caminhar no parque.
Ligue para aquela pessoa que você só curte as fotos, mas não fala há meses.
Transforme a conexão virtual em ponto de partida para encontros reais.
4. Crie antes de consumir
O ato de criar conteúdo pode ser incrivelmente libertador: postar um pensamento, um desenho, um trecho de música ou um momento seu. Isso muda a relação de passividade para expressão.
Não se preocupe com perfeição.
Compartilhe o que te faz bem, mesmo que seja só pra você.
5. Tire mini-férias digitais
Se você sente que está ficando irritado, ansioso ou sobrecarregado, pode ser hora de uma pausa estratégica.
Um final de semana offline já faz diferença.
Use o tempo livre para algo prazeroso: cozinhar, ler, caminhar, dormir sem notificações.
Você não precisa excluir o app (a menos que queira), apenas se afastar um pouco.
6. Durma longe do celular
Seu travesseiro não é base de carregamento. Evite usar o celular minutos antes de dormir. A luz azul e a estimulação constante afetam o sono e deixam o cérebro em alerta.
Deixe o celular fora do quarto ou longe da cabeceira.
Tenha um despertador físico, se for preciso.
Crie um ritual de sono leve: leitura, música calma, respiração consciente.
7. Pratique a autocompaixão
Nem todo dia você vai estar 100%. Não precisa postar, comentar, se atualizar ou parecer feliz o tempo todo. A vida real é feita de altos e baixos.
Aceite seus momentos offline. Eles são parte da vida. E mais: são necessários.
8. Busque ajuda profissional se sentir que não está conseguindo sozinho
Se você sente que o uso das redes está afetando sua autoestima, rotina, relações ou bem-estar de forma profunda, não hesite em procurar um psicólogo.
A terapia é um espaço seguro para entender seus gatilhos, fortalecer sua autoconfiança e construir uma relação mais saudável com o mundo digital (e o analógico também!).
9. Substitua o tempo nas redes por atividades que nutrem
Descubra prazeres fora da tela:
Praticar esportes ou alongamentos
Cozinhar algo novo
Conversar cara a cara
Cuidar das plantas ou dos bichos
Escrever
Pequenas trocas diárias ajudam o cérebro a se desconectar e encontrar satisfação em outras formas de prazer.
Conclusão: você no controle, e não o algoritmo
As redes sociais podem ser incríveis: trazem informação, conexões, oportunidades. Mas não podem ditar seu humor, sua rotina e sua autoestima.
No fim das contas, você tem o poder de escolher como vai se relacionar com a tecnologia. Não se trata de cortar, mas de equilibrar. Use as redes a seu favor, filtre o conteúdo que consome, limite o tempo e se conecte mais com você mesmo.
E se sentir que está se perdendo, pare, respire e lembre: você é muito mais do que qualquer feed pode mostrar.
Saúde
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